quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Serasa projeta aumento da inadimplência do consumidor no segundo semestre."

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Aprendi uma nova palavra hoje, que é "recrudescer." Significa "exacerbar-se." Antes eu leia os jornais dos Estados Unidos diariamente e de momento a momento. Este ano, vou tentar de não mais ler sobre Estados Unidos e não mais entrar em contato com pessoas que estão aí alem da minha irmã e uns poucos amigos que morem aí. Quero ver se acabem meus pesadelos relacionados com os Estados Unidos.

Por isso, mudando a vista para sites em Brasil e em Português, eu li em Folha São Paulo hoje que,

"Serasa projeta aumento da inadimplência do consumidor no segundo semestre."
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O índice da Serasa Experian de expectativas para a inadimplência do consumidor aumentou 0,3% e atingiu um patamar de 98,6 pontos em maio (sétima alta mensal consecutiva), o que sinaliza um recrudescimento da taxa de atraso nos pagamentos para os próximos meses.

Esse índice é elaborado a partir de uma amostra de variáveis econômicas e busca antecipar as tendências para os próximos seis meses.

Os economistas da Serasa, empresa especializada na análise de crédito, ressaltam o crescimento acelerado do nível de endividamento dos consumidores, em ritmo superior ao crescimento da massa de rendimentos nos últimos trimestres. Combinado a esse quadro, o custo dos empréstimos tende a ficar mais caro, já que o Banco Central não deve aliviar a taxa básica de juros (que baliza essas operações) no curto prazo.
Seguindo e website deles, Serasa Experian é uma empresa que:
Possui um completo banco de dados com informações cadastrais, comportamentais de consumo e anotações de inadimplências. A base de dados é constantemente atualizada e consolidada com informações de mais de 170 milhões de consumidores em âmbito nacional.

Com o Credit Bureau, sua empresa tem uma visão ampliada do perfil do consumidor, possibilitando melhor avaliação dos riscos para oferecer crédito, expandir sua carteira de clientes e aumentar sua rentabilidade. É uma ferramenta inteligente, potencializada pela qualidade do maior banco de dados da América Latina.

Com o Credit Bureau, sua empresa recebe um relatório objetivo e de fácil consulta com as seguintes informações do consumidor:

Dados cadastrais completos, com nome, idade, sexo, filiação, escolaridade, estado civil, endereços, telefones, cônjuge, dependentes, empregador, profissão e renda.

Anotações de inadimplência para verificação de dívidas ativas e ocorrência de protestos, ações judiciais, dívidas vencidas e não pagas com instituições financeiras e empresas, participação em insucesso empresarial e cheques sem fundos (CCF).

Anotações complementares são fornecidas para aprimorar a avaliação de seus clientes, como consulta de cheque, análise de grafias, documentos roubados, informação se o consumidor é sócio em alguma empresa, cheques roubados, sustados, cancelados e extraviados, outras ocorrências em sustação e registro de consultas a cheques e a crédito.
Folha Online anuncio no dia 26/6/2007 que:
O grupo irlandês de análise de crédito Experian anunciou nesta terça-feira a compra do controle da Serasa, maior empresa brasileira do setor. O preço pago pela parcela inicial da compra (65%) é de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 2,32 bilhões). Segundo comunicado da Experian, nos próximos seis meses a participação na Serasa deve chegar a 70%.

Os bancos Itaú, Unibanco e Bradesco, que controlam a Serasa, informaram a assinatura do contrato de venda com a Experian hoje, por meio de comunicados enviados ao mercado. Segundo os comunicados, a Experian pagará R$ 925,78 por cada ação da Serasa e a liquidação financeira dessa operação ocorrerá até o final do mês de julho.

Após a operação, a fatia do Bradesco no capital da empresa passa de 26,50% para 8,36% (corresponde à venda de 676.503 ações ordinárias), do Itaú vai de 32,63% para 10,29% (832.176 ações), e do Unibanco cai de 19,17% para 6,05% (489.195 ações ordinárias). Os três bancos, assim, continuam acionistas e indicarão membros do conselho de administração. Além disso, os bancos Santander Banespa, ABN Amro Real e HSBC, que possuíam participações de 7%, 5,32% e 4,33%, respectivamente, também venderam cerca de 68% de sua participação na empresa.

De acordo com os intermediadores do negócio, a Experian fará um call (exercer direito de comprar mais ações) aos acionistas minoritários, com o intuito de chegar aos 70% de participação na Serasa até o fim do ano.
Folha Online também deu informações sobre o alcance internacional de Serasa/Experian, que agora inclui Serasa:

A Experian Group Limited é líder global na prestação de serviços analíticos e de informação a organizações e consumidores. A empresa é listada na Bolsa de Valores de Londres (London Stock Exchange), tem 13.500 funcionários em 36 países (atendendo a clientes em mais de 60 países) e gera receitas anuais de US$ 3,5 bilhões.

No Brasil, a Experian comprou em meados de abril a Inform@rketing, empresa de marketing que atua no gerenciamento de campanhas e no tratamento de mailing lists. Entre os clientes da Experian, estão instituições financeiras, empresas de comunicações, planos de saúde, seguradoras, comércio varejista, empresas de vendas por correspondência e pela internet, entre outros.

Aposto que a grande maioria dos brasileiros acreditam que Serasa ainda é empresa brasileira. Na realidade se uma empresa brasileira coloca seu nome em Serasa, é um imprensa irlandês que controla o resultado.



Aposto que lhes surpreende a muitos brasileiros que ainda CVC não é mais empresa brasileira, sendo que foi comprado por um grupo muito Americano no princípio deste ano, como notaram os blogues AcertoDeContas.blog.br e ISTOE Dinheiro (num reportagem cheio de informações sobre o caso):
Fernando Borges, presidente do Carlyle no Brasil, acabou de assinar um cheque de R$ 800 milhões para marcar a estreia do gigante americano no País. Após dois anos trabalhando em silêncio no Brasil, o Carlyle comprou 64% da operadora de turismo CVC, do empresário Guilherme Paulus, em janeiro.

Na mesa de trabalho de Borges, está se formando uma pequena pilha de relatórios de companhias que podem receber o capital financeiro e intelectual do fundo de private equity, que faz a gestão mundial de 260 empresas, com ativos de US$ 88 bilhões (R$ 158 bilhões), dos quais US$ 30 bilhões em caixa para novas oportunidades mundo afora.
O Carlyle Group é bastante nocivo, como o blogue Ecocidio.com anota:
Um pouco sobre o Carlyle Group:

O Grupo Carlyle é a maior corporação de investimentos de capital do mundo, com amplas ramificações políticas que afetam nosso cotidiano. É uma das maiores contratantes mundiais da indústria de militar de defesa e telecom, dentre outras.

O Carlyle Group foi iniciado em 1987 por Steven Morris, um membro da familia que controla a Marriot Corporation – gigante da indústria da hospitalidade. Seu conselho de administração é composto por políticos, ex-políticos bem como servidores públicos de governos do mundo inteiro. Frank Carlucci, Secretário de Defesa durante o governo Reagan foi ex-presidente do Conselho, assim como o ex-Diretor da CIA e ex-Presidente George H. W. Bush, que atualmente ocupa o cargo de Conselheiro Sênior. Outro ex-presidente do grupo, Louis V. Gerstner, Jr. é um conhecido membro do clube Bilderberg. Da mesma forma, muitos ex-políticos ou são consultores do Grupo ou estão nas folhas de pagamento das corporações “irmãs”, recebendo benefícios acionários nas várias corporações que o Grupo Carlyle investe. Alguns dos nomes incluem John Major, ex-Premier britânico; Fidel Ramos, ex-presidente das Filipinas; Park Tae Joon, ex-Primeiro Ministro koreano; o Príncipe saudita Al-Walid; Colin Powell, membro do Bilderberg e ex-Secratário de Estado americano; James Baker III, também ex-Secretário de Estado Secretary of State; Caspar Weinberger, former Defense Secretary; Richard Darman, former White House Budget Director; the billionaire George Soros, and even some bin Laden family members.
Mentras mais sabemos, menos confiamos.

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