sábado, 17 de julho de 2010

Brasil, Estados Unidos e eleições de presidente

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Foto de Serra gracias ao blogue
"Sobre o que no está a venda"

Será que os mesmos assuntos que me interessam quando lendo um jornal norte-americano vão me interessar quando lendo um jornal brasileira. Hoje eu remarcava para mim mesmo que a campanha entre Dilma Rousseff e José Serra parece muito quietadinho comparada com uma campanha eleitoral estadunidense em estas horas da campanha.

Nas noticias nacionais televisores e jornalistas, quase não falam do fato que Brasil vai escolher um novo presidente entre dois meses, e ela pode ser a primeira mulher. Não mencionam os ataques e contra-ataques que nos Estados Unidos seriam feitos e repetidos dez vezes por dia no mês de julho, sobre tudo porque os partidos nos Estados Unidos acabam de escolher sus candidatos após uma larga campanha infra-partido.

Mas, está se esquentando agora. Indio da Costa, candidato a vice de Serra, acusou Dilma de ser ateia hoje, respaldando-se num comentário de Dilma do ano 2007. Segundo Folha Online,
A petista tem se apresentado na campanha como católica. Em sabatina na Folha em 2007, ela disse não ter certeza sobre a existência de Deus. "Eu me equilibro nessa questão. Será que há? Será que não há?", disse.
Não sendo brasileiro nem católico, eu não sei como o público vai receber esta acusação, já que Dilma não insistiu na inexistência de uma divino. Ela apenas falou que não sabe com certeza.

Nos Estados Unidos, isto seria o beijo da morte pois uns 80% ou 90% do povo acredita num divino e a maioria fala que votaria em contra um candidato que nega a existência de Deus. Segundo uma pesquisa feita por um grupo bem respeitada,
"A candidate's religion continues to play a key role in shaping vote choice. Nearly four-in-ten (39%) say they would be more likely to vote for a candidate who is Christian. Moreover, 63% say they would be less inclined to support a presidential candidate who does not believe in God – the most negative trait tested."
Es dizer em Português,
A religião de um candidato continua jogando uma parte principal apoiando a escolha de candidato. Quase quatro em dez (39%) falam que eles estariam mais inclinados a apoiar um candidato Cristã. Ainda mais, 63% fala que eles seriam menos inclinados a apoiar um candidato que não acredita em Deus, que foi a qualidade mais negativa entre as qualidades testadas. Centro de Pesquisas Pew para Povo e Emprensa.
A base destas estadísticas, cabe dizer com certeza que se Dilma for candidato por presidente nos Estados Unidos, ela teria que inequivocadamente negar o ateísmo e o agnosticismo para ter qualquer chance de ser presidente.

As coisas funcionam bem diferente aqui no Brasil, onde a acusação de Indio da Costa não foi mencionado nas noticias nacionais da televisão, igual como quase nada da campanha nacional está sendo comentado, comparado com Estados Unidos nesta altura do ano eleitoral. Então, a acusação teria que ser repetida muitas vezes para o povo brasileiro ouvir e refletir nisso.

Por exemplo, entre hoje e ontem teve 19 reportagens em Folha Online sobre "Dilma." Nos Estados Unidos, teve 18 reportagens sobre Obama numa sexta feira e sábado três meses antes a eleição de 2008nos Estados Unidos. Então, objetivamente, a medida da atenção dum jornal brasileiro nacional e um norte-americano num dia escolhido randomizadamente durante campanhas eleitorais da resultados idênticos.

Ainda acredito que a atenção da televisão nos Estados Unidos é muito mais intenso, ainda mais quando se toma em conta os muitos canais de televisão a cabo.

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