quarta-feira, 21 de julho de 2010

Alguns Programas de Televisão Brasileira Ainda Practicam o Apartheid a Base de Cor da Pele

Num ensaio chamada, "Lula: Presidente negro?", no blogue, "O pensador salvagem," José Eustáquio Diniz Alves observa que:
A maioria dos pesquisadores brasileiros constróem a classificação de negro com base nos dados de cor da pele pesquisados pelo IBGE. O negro seria a soma das pessoas que se auto declaram “pardas” e “pretas”.

Não se trata, portanto, de uma classificação biológica ou física com base no genótipo. Pardos e pretos são categorias de classificação da cor da pele tomadas a partir da auto identificação da pessoa que responde a pergunta do IBGE. Assim, um entrevistador pode achar que a cor da pele de uma pessoa é preta, mas o próprio entrevistado pode se achar da cor parda ou branca. É o que aconteceu a pouco tempo atrás com o jogador Ronaldo que se declarou da cor branca, enquanto o seus pais disseram que ele era pardo. Evidentemente, pode ser mais uma dificuldade que o “fenômeno” tem em distinguir “cores” e “formas”, mas a auto declaração de cor da pele reflete o sentimento e o desejo da pessoa no momento da entrevista e, se ele se diz branco, é como branco que ele deve ser classificado.

Na metodologia adotada pelo IBGE – onde em cada domicílio é apenas uma pessoa que responde por todos os moradores - valerá a “auto-declaração” da pessoa que está respondendo a pesquisa. Tomando o caso do Ronaldo: se fosse ele que respondesse a pesquisa ele iria dizer que era branco, mas se fosse o pai dele, classificaria o filho como pardo.

Uma dificuldade maior surge na definição das cores. O manual do recenseador do censo demográfico de 2000 do IBGE[i] não esclarece com muitos detalhes o que são as cores branca e preta, mas explica um pouco mais o que são as classificações amarela e indígena e diz que os pardos são aqueles que tenham alguma miscigenação: mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça. Evidentemente, estas definições do manual do recenseador não simplificam as opções das pessoas, pois, mesmo existindo uma maior facilidade para definir os extremos das cores branca e preta, o “meio de campo” fica muito indefinido. Existem muitos pretos e brancos que poderiam facilmente ser definidos como pardos.
Mesmo com a compreensão intelectual de que no existe raças, isso não nos permite dizer, erradamente, que não existam cores da pele brancas e marrons (e mais), e que pessoas com estas cores são tratados como se a cor de pele for uma indicativa fundamental, igual como na errada proposição biológica de raças.
Quem tem cor da pele marrom tem muito menos probabilidade de aparecer como personagem principal na televisão comparado com quem têm pele branca. Quem duvida disso não têm visto a televisão brasileira ou não está disposto a reconhecer e falar deste fato óbvio.

O programa de televisão "S.O.S. Emergência" deve ser humorística mas na apartheid publica (ver foto acima) não existe nada engraçado.  Mesmo se todos os atrizes e atores não tem a mesma coloração exata, o que tem em comum é que nenhum ia ser identificado como outro do que "branco."

No dia quarta feira, 21 de Julho de 2010, não houve nenhum negro entre os invitados do Programa de Jó.  Na area música desse programa, têm aproximadamente dez músicos com apenas um homem de color marrom e as mulheres são inteiramente sem representação.

É só contar o negros nas propagandas para o programa "Ti,ti, ti" para constatar que não aparece negro nenhum nessas publicidades. A mesma coisa com "O grande família."

Em Brasil tem atores que aparecem uma e outra vez em telenovelas consecutivos, e a grande maioria destas pessoas têm cor de pele branca, mesmo se o arvore da família deles pode ser mais complexos.  Têm aproximadamente uma mulher de pele marrom que aparece consecutivamente em TODOS estos programas no seu conjunto.

Sabemos que a questão de raça biológico realmente não é questão, pois nunca existiam raças brancos, negros, ruivos e altos. Sempre foi apensas uma postulação política e nunca existiu na biologia.

Mesmo assim, observando a televisão brasileira, e bastante óbvio que a cor predominante dos que saem na televisão como atores e atrizes, reporters e participantes em propaganda é a cor branca. Os brancos predominam na televisão brasileira por um fator de dez brancos para cada negro, se não for ainda mais.

Assim, mesmo reconhecendo a fato de que "raça" biológica não existe, mesmo assim não podemos esquecer o papel predominante de cor da pele nas decisões, cultura e nos cérebros dos brasileiros, não importa a cor deles.

No assunto de cor da pele da maioria dos atrizes e atores na televisão, é óbvio que não aparecem pessoas com pele marrom com prevalência de pessoas com pele branco cual prevalência e exageradamente (objetivamente e numericamente) sem relação a cor da pele da população de Brasil.

É difícil no Brasil encontrar um ambiente onde não ha negro nenhum, mais na televisão é muito fácil. A televisão, infelizmente, e apenas um espelho exagerado demais de uma realidade existente no Brasil.

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